IHM atenta aos apoios para melhorar desempenho energético e conforto do parque habitacional

No âmbito da elaboração do Plano Social para o Clima, realizou-se, esta sexta-feira, no Salão Nobre do Palácio do Governo, uma sessão pública para a sua apresentação e recolha de contributos, intitulada ‘Transição Justa – o Contributo do Plano Social para o Clima’, organizada pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, pela Agência para o Clima e pelo Governo Regional da Madeira.
O Presidente da IHM – Investimentos Habitacionais da Madeira, EPERAM, Leonel Silva, participou no painel sobre ‘Edifícios Climaticamente Neutros. Rumo à Transição Justa’. Na sua intervenção, abordou os programas que a IHM dispõe para melhorar o parque habitacional da IHM e também o privado, em termos de conforto e desempenho energético, como o Reabilitar Madeira e O Casa +Eficiente, este último inserido PRR. O resultado dos mesmos tem sido muito satisfatório.
“A execução dos programas tem-nos permitido identificar com clareza quais as medidas que geram maior impacto junto das famílias e quais os principais desafios operacionais”, explicou, apontando que “ambos os programas, promovidos pela IHM, têm como objetivo a requalificação energética tanto de habitações privadas, como de habitações sociais e acessíveis públicas, com o objetivo de combater a pobreza energética, sobretudo em agregados familiares vulneráveis, melhorar o conforto térmico das habitações e reduzir a fatura energética das famílias”.
“A experiência do Casa +Eficiente reforça a ideia de que a chave para o sucesso reside numa abordagem integrada, que combine engenharia, ação social, planeamento territorial e escuta ativa dos beneficiários”, apontou, frisando que “só assim é possível garantir a eficácia, a adesão e a sustentabilidade dos investimentos realizados”.
Para Leonel Silva, “os apoios como os previstos no futuro Fundo Social para o Clima são estruturantes para a gestão pública da habitação, sobretudo num arquipélago como a Madeira, onde há uma forte prevalência de carência habitacional associada a vulnerabilidade energética”.
“Do ponto de vista da IHM, este tipo de apoio complementa os programas PRID, Reabilitar Madeira e Casa +Eficiente, assegurando que a componente energética
não é um extra, mas sim um eixo central da intervenção; reduz desigualdades, pois permite que famílias em situação de maior fragilidade tenham acesso a soluções tecnológicas e construtivas que de outro modo estariam fora do seu alcance e previne custos sociais e de saúde pública, associados ao desconforto térmico, à humidade e às doenças respiratórias”.
“Fatores-chave para o sucesso incluem simplicidade dos processos de candidatura e elegibilidade, com o apoio das entidades gestoras locais, como a IHM, para intermediar e operacionalizar os apoios; articulação com políticas sociais e municipais, para garantir que os beneficiários mais vulneráveis são os primeiros a ser apoiados; capacitação técnica das equipas locais, para projetar, executar e fiscalizar as soluções com rigor e monitorização dos resultados, com métricas claras sobre redução de consumos, melhoria do conforto e satisfação dos residentes”.
“Finalmente, este tipo de apoios deve ser encarado não só como resposta à pobreza energética, mas como uma alavanca para uma transição justa e inclusiva, em que o setor da habitação social assume um papel pioneiro na descarbonização e na promoção da dignidade habitacional”, rematou.