Vítimas dos incêndios na Calheta com as casas reconstruídas dentro de dois meses

 

Dentro de aproximadamente dois meses ficará concluído todo o processo de reconstrução das seis habitações que foram gravemente afetadas pelos incêndios que assolaram o concelho da Calheta, em outubro passado.

Esta semana, o presidente IHM – Investimentos Habitacionais da Madeira, João Pedro Sousa, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal da Calheta, Carlos Teles, e por Marcelo Gouveia, presidente da ASA – Associação de Desenvolvimento de Santo António, visitou as obras em curso, congratulando-se pelo avançado estado dos trabalhos, até porque, umas das seis habitações já está totalmente reconstruída e com a família a residir na casa.

Graças aos apoios financeiros entregues no final do ano passado pela IHM, em parceria com a Câmara Municipal da Calheta e a ASA – Associação de Desenvolvimento de Santo António, estes seis agregados familiares das freguesias da Ponta do Pargo e da Fajã da Ovelha puderam reconstruir as suas casas, com as condições mínimas de segurança e de habitabilidade.

O apoio financeiro concedido pela IHM a cada agregado familiar foi atribuído no âmbito do PRID - Programa de Recuperação de Imóveis Degradados. Perante a dimensão dos danos verificados após os incêndios, e o facto de estas famílias demonstrarem total incapacidade financeira para suportar os custos inerentes à reabilitação das suas habitações, estes apoios foram entregues a fundo perdido, representando para a IHM um investimento total que rondou os 270 mil euros. Para a Câmara Municipal da Calheta e para a ASA – Associação de Desenvolvimento de Santo António, a participação nestas reabilitações representou uma ajuda financeira na ordem dos 65 mil euros e 27 mil euros, respetivamente, totalizando um apoio global, entre as três entidades, de aproximadamente 363 mil euros.

Visivelmente satisfeito com o andamento dos trabalhos, o presidente da IHM aproveitou a ocasião para falar da importância da existência deste tipo de ajuda financeira, materializada num programa que já apoiou quase 5000 famílias, de todos os concelhos da Região.

“Estamos a trabalhar afincadamente para melhorar as condições de habitabilidade da população mais carenciada, aumentando a qualidade de vida dessas famílias. O Governo Regional tem demonstrado um grande empenho na prossecução deste objetivo, não só com a criação de novos programas de apoio às famílias, mas também com o aperfeiçoamento dos programas existentes, como é o caso do PRID - Programa de Recuperação de Imóveis Degradados”, lembrou o responsável, salientando o carácter excecional que este programa passou a contemplar, desde o ano passado, com a introdução de um teto máximo de apoio de 50 mil euros para situações de intempérie, calamidade ou incêndio. Além disso, João Pedro Sousa fez ainda questão de enaltecer todo o trabalho em rede realizado entre a autarquia da Calheta e a ASA, acabando por resultar numa rápida resolução de todo este processo.

Aliás, todo este trabalho de equipa foi, igualmente, elogiado pelo presidente da Câmara Municipal da Calheta. Recordando o “grande sofrimento” vivido pelo concelho da Calheta por causa dos incêndios, Carlos Teles garantiu que, tratar das casas atingidas pelos fogos foi uma prioridade “desde a primeira hora”, um desiderato que acabou num processo “extremamente célere, com todos a colaborar”.

Também para o presidente da ASA, Marcelo Gouveia, o sucesso de todo este processo teve um denominador comum: “O bom funcionamento e a boa parceria que existe entre estas três instituições”. “A reconstrução destas habitações é o exemplo de um trabalho que funciona”, afirmou, revelando que, para esta situação em específico, foi criado um regulamento especial de modo a alargar a ajuda financeira a que cada agregado teria direito.